Paul Garisto
Inside photos
and music samplers
Thank you to Mr. Garisto for all the content.
Paul's first published song with the Dragmules titled "Living Life A Penny"
Paul joined with Trippy Thompson and others to form the 1990s band the Dragmules
Like many independent artists, Paul Garisto has a store on Bandcamp where he releases his solo projects. We have the "The Russians Are Coming" here for your convenience and if you like it, you can show your love by purchasing it on Bandcamp.
Best known as a drummer, Paul will play numerous other instruments in composing his solo work.
Paul Garisto's long career includes working with the Psychedelic Furs and Iggy Pop
Coffee Time News
Contributors
Constança Pereira
Mariana Teodoro
Constança Simões
João Teodoro
Yuri Sundermeyer
Paul Garisto meets with Coffee Time News
Part One: Paul and His Music
Learning about the songs that impressed us from the man who made them
Inside of all of us lives a music lover who finds comfort and inspiration from the music we listen to. Music defines us and triggers our memories and lets us travel through time and space to special moments we have lived. Mr. Paul Garisto has dedicated his life to creating music that helps us relate to the emotions and experiences we all have inside. He kindly spent two hours with Coffee Time News and in part one of his interview, Mr. Garisto opens up about many of the songs that have helped to define his work. This special feature offers lots of great insights along with photos and the songs that are referred to throughout the interview. Sit back and enjoy.
Todos nós gostamos de música onde encontramos conforto e inspiração quando as ouvimos. A música faz parte da nossa identidade, permite-nos recordar, no tempo e no espaço, momentos especiais vividos. Sr. Paul Garisto tem dedicado a sua vida criando música que nos relata emoções e experiencias que todos nós já vivemos. Ele gentilmente esteve duas horas com Coffee Time News e na primeira parte da entrevista, Sr. Garisto falou abertamente sobre as suas músicas o que ajudou a perceber o que é o seu trabalho. Esta importante entrevista, oferece-nos muitos ensinamentos através de fotografias e canções. Relaxe e desfrute.
RIAN COSTA: What was the first song that you composed and / or produced?
PAUL GARISTO: I don’t remember the very first song, but the first song that I actually published was “Living Life a Penny”, so that was the very first song that I wrote and produced, so it will always have a special place in my heart.
RIAN COSTA: Qual foi a primeira canção que compôs e/ou produziu?
PAUL GARISTO: Eu não me lembro da primeira canção que compôs/produziu, mas a primeira canção que eu realmente publiquei foi "Living Life a Penny", e essa e para mim a primeira canção que eu escrevi e produzi... terá sempre um sítio especial no meu coração.
RIAN COSTA: How much do you enjoy producing your own music?
PAUL GARISTO: I really love producing my own stuff. It just amazes me when I go down in the studio, to have nothing in mind really, and then a couple of hours later, this thing is created, and I’m there doing what it takes to create this piece of music, but at the end of it all, I’m often like, “I don’t know where this came from.” But I’m grateful, because I play by ear and at the end of a few hours, I have a piece of music and it just amazes me and it’s just enjoyable.
RIAN COSTA: Que prazer tem quando produz a sua própria música?
PAUL GARISTO: Eu gosto muito de produzir a minha própria música. Só me espanta quando vou para o estúdio, sem nada na mente, e passadas poucas horas, o trabalho aparece; sinto-me a fazer o meu melhor para essa peça de música e, normalmente, sinto-me do tipo: “Eu não sei de onde veio isto.” Mas estou satisfeito, por tocar de ouvido e ao fim de algumas horas, eu construi a música. Isso espanta-me, e é muito proveitoso.
RIAN COSTA: What have you learned from that side of the business?
PAUL GARISTO: Well, when I got involved with the band the Dragmules, we had a very good lawyer who taught us how to create our own publishing company and how to navigate through all that… the business side of writing and I knew nothing about that, so that really helped me out handing down that knowledge at time a time I was starting out and I still own my publishing. No one owns it but me, which is a good feeling. The other side is completely different, the artistic side, and then you have the business side which is something that is really important and if you get into music, you need to study it while you’re young and try to learn as much as possible about the music business as well, because we, the musicians, are just excited to play and a lot of times the business stuff falls to the wayside and people get in trouble in not getting what they should in certain situations.
RIAN COSTA: O que aprendeu nesse lado do seu trabalho… do ponto de vista da produção?
PAUL GARISTO: Então, quando eu me envolvi com os Dragmules, nós tínhamos um advogado muito bom que nos ensinou como criar a nossa própria empresa de publicações e como desenvolver a parte empresarial. Não sabia nada sobre isso, e assim ajudou-me muito a desenvolver o meu conhecimento. Eu estava a começar e ainda guardo essas publicações. Ninguém as tem, exceto eu, isso é uma sensação boa. Ter o lado empresarial é muito importante e se entrares na indústria da música, precisas de estudar desde jovem e tentar aprender, também, tudo o que for possível sobre a música. Nós, os músicos, somos felizes por tocarmos e, muitas vezes, a parte empresarial é esquecida, e, nós ficamos com dificuldades por não ganharmos o suficiente.
MARGARIDA MESQUITA: My name is Margarida and I have played the piano for six years. I enjoy your song "The Russians Are Coming". Can you tell me the process behind composing that song? Did you always plan on having the piano track on it? At what point did you put that into the song? Did you change the piano track much as you produced the song?
PAUL GARISTO: Well, first of all, thank you for listening to that track. Let’s see, my process in writing… now this is going to sound a little different, but I play all my instruments totally by ear. I don’t technically know what I’m doing or understand music theory when I’m writing, but I know what I like to hear and I know what sounds good to my ear. So, that song, I think started out with piano and it probably changed throughout. The way I write is I do it when I’m home and not touring. That’s when I have a good chunk of time to write for an hour or two each day. I sit down and write and I’ll maybe start with drums and just put down a beat for fifteen minutes or I’ll pick up the guitar and just mess around with that just having fun. My writing has always been fun to me. It’s never been a business, like I want to get something out of it. It’s just a way for me to connect with life and create. So, there are no preconceived ideas. I’ll sit down with one instrument or another and play for a bit, record that and then just add to it and make some changes as I go along and hope that I know when to stop making changes, because I think you can work too long on a song and ruin it. But that’s my process. I really look at it like it’s fun. It’s not business. It’s cathartic for me. And it’s like painting; I add colors as I go along and at the end of it I’m amazed that I have something people like yourself enjoy and that’s like the biggest gift for me is somebody listening to the little thing that I did in the basement. It’s pretty cool, so thank you.
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MARGARIDA MESQUITA: Chamo-me Margarida e toco piano há seis anos. Eu gosto da sua música "The Russians Are Coming". Pode me contar o processo por trás da composição dessa música? Foi planejado ter o piano na faixa? Em que momento colocou isso na música? Mudou a faixa do piano enquanto produzia a música?
PAUL GARISTO: Bem, primeiro de tudo, obrigado por teres ouvido essa música. Bem, vamos ver, o meu processo de compor música… isto vai soar um pouco diferente, porque eu toco todos os meus instrumentos só pelo som . Eu não sei a técnica, nem a teoria do instrumento que estou a tocar, mas sei o que gosto de ouvir; então acho que essa música começa com o piano e provavelmente muda durante a sua composição. Componho música enquanto estou em casa e não quando estou em tours, eu tenho sempre muito tempo para escrever músicas em casa, por isso não preciso ocupar outros tempos, tenho mais ou menos uma hora ou duas para compor por dia. Eu sento-me, escrevo e talvez, comece com a bateria e apenas ponha uma batida por quinze minutos ou vou buscar a guitarra e apenas mexo com isso só a divertir-me. A minha escrita sempre foi divertida para mim. Nunca foi um negócio, como se eu quisesse tirar algo disso. É apenas uma maneira de me conectar com a vida e criar. Então, não há ideias preconcebidas. Vou me sentar com um instrumento ou outro, toco um bocado, gravo e depois apenas adiciono e faço algumas mudanças à medida que vou avançando e espero saber quando parar, as mudanças, porque acho que tu podes trabalhar muito tempo em uma música e arruiná-la. Mas esse é o meu processo. Eu realmente olho para isso como se fosse divertida. Não são negócios. É catártico para mim. E é como pintar, eu adiciono cores à medida que vou avançando e no final, fico surpreendido por ter algo que pessoas como vocês gostam e isso é o maior presente para mim, é alguém a ouvir a coisinha que eu fiz no porão. É muito bom, então obrigada.
TIAGO TEIXEIRA: The Furs did some releases without you. "Until She Comes" seems like a nice song. Have you played that live? How do you feel when you play music composed by another musician? Are there ways you can make someone else’s music yours?
PAUL GARISTO: I had left the Furs at that point to go play with Iggy Pop and they did a couple of records and I didn’t think I would ever play with them again, but I ended up playing with them another eleven years. But, yes, we played that song live. I loved playing it live. I really like to listen to the different instruments on recordings and try to focus on what’s going on and understand that and once I do that and understand the foundation, depending on the person I’m working for, or in this case the Furs, working with them, I have license to make it my own thing, but not by too much. I don’t want to take the foundation away, because the bass and drums are the foundation and you kind of have to stick to playing together and supporting the rest of the song. So, I do like playing other people’s arrangements and things like that, but I’d much rather play my own and that’s what I do. It depends on the situation on how much leeway bands give me. Hopefully they hire me for what I do.
TIAGO TEIXEIRA: Os Furs lançaram muita música sem si. “Until She Comes” parece uma boa música. Já a tocou ao vivo? Como é que se sente a tocar uma música composta por outro músico? Há sempre maneira de transformar uma música de outra pessoa sua?
PAUL GARISTO: Eu tinha deixado os Furs tocar com o Iggy Pop e os Furs fizeram muitas músicas e pensei que nunca mais ia tocar com eles, mas eu acabei por tocar com eles mais onze anos. Mas sim, nós tocámos essa música ao vivo. Eu adorei tocar essa música ao vivo. Eu gosto muito de ouvir os instrumentos nos álbuns e tento focar me no que está a acontecer e também na fundação, depende da pessoa com quem eu estou a trabalhar com, ou neste caso os Furs, trabalhando com eles, eu tenho uma licença para fazer música, o baixo e a bateria são a base que mais ou menos deixar a música igual. Então, eu gosto de tocar música de outras pessoas e coisas assim, mas eu gosto mais de tocar a minha música, e é isso que eu faço. Mas também depende da situação, depende de quanta liberdade me dão. Espero que me contratem pelo que faço.
CONSTANÇA SIMÕES:
I’m Constança… “Have you spoken with any member of Santana? Have you ever gotten any feedback from them about your work covering their music?
ANTÓNIO CARVALHO:
The only response that I got from Santana and the other members was a message by Facebook where Santana did respond to one of my emails… it was a really simple message. I told them that I had a tribute band. He didn’t care too much, probably because they didn’t know me very well. Actually, the keyboardist Greg Rolle did respond to some of my messages and we exchanged ideas and they do know about my tribute band, but it’s not a big deal. We barely know each other, because we have only been doing this for two years, so it’s not that big of a deal, but with our videos you can tell that we are serious and I hope that they are proud of us.
JOÃO TEODORO:
Sou o João, “A tua banda é completamente fiel á música dos Santana ou vocês dão o vosso toque nas músicas?”
ANTÓNIO CARVALHO:
Não, não… não, não, nós não damos toque nenhum o que nós escolhemos foi não vamos escolher temas de estúdio. Vamos escolher temas ao vivo de espetáculos ao vivo e fizemos as mesmas acentuações, os tempos estão tudo igual ao Carlos Santana. O que escolhemos foi um concerto para cada um dos temas, mas não alteramos nada, fazemos exatamente o que lá está mas nas versões ao vivo. Somos fiéis aos sons, aos tempos, às mudanças, às acentuações, está lá tudo feito a rigor. Temos isto tudo escrito, alias sempre que é preciso um substituto, nos últimos espetáculos foi preciso, porque o nosso percussionista que é o Paulo Reis não estava, fomos arranjar um substituto que é o Ruca Rebordão que é profissional, conhecido no mundo tudo e temos tudo escrito e saiu exatamente como nós queríamos, portanto não inventamos nada e não há nada para inventar. Nós tentamos fazer exatamente o que eles fazem, porque não é fácil. Eu até me entendo bem com o fraseado do Santana na guitarra, eu sei mais ou menos, então o próprio som característico é do Santana. Tive a preocupação de o ir buscar os pedais e a guitarra é um PRS também, é uma guitarra semelhante à dele. O que nós fazemos é exatamente o que está no tema que nós escolhemos.
JOÃO TEODORO:
I’m João. Is your band completely faithful to Santana’s music or do you put your own touches on the music?
ANTÓNIO CARVALHO:
No, no, no, no, we don’t change anything. What we chose was not to go with their studio releases. We have always chosen live performances and albums and we play them with the same tone, the same timing… everything is the same as Carlos Santana. We chose a live performance for each of the songs, but we didn’t change anything. We did it exactly as it was done in the original live versions. We are faithful to the sounds, the timing and the tones of the songs. It’s all there and done with precision.
We have all this written, as a matter of fact, whenever we need a replacement, like in the last show, we needed one, because our percussionist, who is Paulo Reis, wasn’t there and we got a replacement, who is Ruca Rebordão, who is a professional and known around the world and we have everything written and with him it turned out exactly how we wanted it to, therefor we don’t make anything up and there’s nothing to be made up and we try to do exactly what Santana does, which isn’t easy. I understand well how Santana plays the guitar. I took the time to go get the right pedals and a PRS guitar which is similar to Carlos Santana’s. What we do is perform the songs that we pick exactly as Santana performed them.
CONSTANÇA PEREIRA:
Tu sabes tocar todas as músicas dos Santana? Se não, qual seria uma música que gostasses de aprender?
ANTÓNIO CARVALHO:
Nós não podemos tocar todas, como deves calcular. O tempo dos concertos é no máximo duas horas, ninguém nos autoriza a tocar mais de duas horas, e duas horas são vinte músicas. E as vinte músicas dos Santana toco as todas, portanto não há nenhuma destas importantes que eu não saiba tocar. Mas provavelmente ainda há aqui o “Jingo”, por exemplo, “Jingo” é uma das temas que não está na lista e que eu provavelmente gostaria de tocar, mas não há tempo nem espaço.
Fizemos aqui uma coisa eu não sei se a sua pergunta vai por esse caminho também. Nós tocamos aqui dois temas, um é da Michelle Branch que também tem um tema chamado “The Game of Love”, ela canta isto. Também temos do Steven Tyler. Então, não é só o Santana, também as outras canções que eles também participaram e os convidados deles. É evidente que também Wayne Shorter, um dos convidados, que é um saxofonista já falecido.
Nós temos por acaso um saxofonista, que é o Naná Sousa Dias, um grande saxofonista conhecido internacionalmente, que conhecia Wayne Shorter pessoalmente, aliás a esposa de Wayne Shorter era portuguesa. De vez em quando nos nossos concertos temos um saxofonista.
ANTÓNIO CARVALHO:
We can’t play all the songs as you can understand. Our concerts are a maximum of two hours. Nobody asks us to play more than two hours and two hours ends up being twenty songs. And the twenty most important Santana songs, well, I play them all, so there aren’t any important songs that I don’t know how to play. But probably there are still a few like “Jingo”… “Jingo” is one of the songs that is not on the list and that I would probably like to play, but there isn’t the time or space on the setlist.
I’m not sure if it fits into your question, but I want to mention that we also play two songs that are collaborations. One is by Michelle Branch called “The Game of Love” and she sings on it. Also, there is a song with Steven Tyler, so it’s not just Santana; it’s also the other songs they have participated in and Santana’s songs with guest artists. There is also Wayne Shorter, who worked with Carlos Santana, who is a saxophone player who has already passed away.
We have, by chance, a saxophone player named Naná Sousa Dias, a great internationally-known saxophone player, who personally knew Wayne Shorter. As a matter of fact, Wayne Shorter’s wife was actually Portuguese. Sometimes our shows will feature a saxophone player.
MARIANA TEODORO:
Se quisesses converter alguém para ser fã dos Santana, qual música recomendavas?
ANTÓNIO CARVALHO:
As principais músicas que todos iam gostar, como “Oye Como Va”, “Samba Pa Ti”, “Europa”, “Black Magic Woman”, foram todas um grande sucesso. São músicas para todas as pessoas ouviram, porque muitos jovens não conhecem, pois raramente essas músicas passam na rádio. Agora já existe mais temas a passar na rádio, por exemplo o Smooth e o Corazon Espinado, são músicas que até existe arranjo de DJs, o que transformar as músicas e leva os mais novos a conhece-las.
MARIANA TEODORO:
If you wanted to convert someone into being a Santana fan, which song would you recommend?
ANTÓNIO CARVALHO
I would choose their biggest hits which everybody loves like “Oye Como Va”, “Samba Pa Ti”, “Europa”, “Black Magic Woman”. All of them were hits. They are songs that anyone can listen to, because many young people don’t know them, because the songs barely get played on the radio. Now, there are more songs that get played on the radio, for example “Smooth” and “Corazon Espinado”, they are songs that have even been remixed by DJs, which transformed the songs and made it so younger people learned about their music.
YURI SUNDERMEYER:
Para alguém que já é familiar com o rock e com algumas músicas dos Santana, qual música subvalorizada tu sugerias para essas pessoas ouvirem?
ANTÓNIO CARVALHO:
Isso é logo o tema de abertura o Soul Sacrifice para o pessoal do rock fazer barulho, nós fazemos barulho assírio com esse tema, é mesmo com a força toda, eles iriam gostar de certeza. Outra também No One To Depend On é outro tema que o pessoal do rock gosta. Santana não é só rock, mas existem dois ou três temas que são só rock, por exemplo Evil Ways é um dos temas que o pessoal do rock gostaria de ouvir, penso eu.
YURI SUNDERMEYER:
For someone who is already familiar with rock music and with Santana, what is a song that is overlooked by many that you would suggest that they listen to?
ANTÓNIO CARVALHO:
I would say “Soul Sacrifice”, because it’s for rockers to make noise. We make serious noise with this song. It really hits full force. I think they will like it a lot. Another song is “No One To Depend On”, which is another that rockers really like. Santana is not only rock, but there are two or three songs that are simply rock songs, for example “Evil Ways” is one of the songs that rockers enjoy listening to in my opinion.
CONSTANÇA SIMÕES:
Você acha que já tornou algumas pessoas fas da banda Santana com o vosso trabalho?
ANTÓNIO CARVALHO:
Sim, claro. Havia muita gente que não ouvia Santana e passar a ouvir Santana. Em Portugal existe um fenómeno engraçado, deixar-se de ouvir Santana por muito tempo, e desde que nós aparecemos apareceram também muitos vídeos de pessoas a tocar temas de Santana no YouTube em guitarra, não todas os temas, apenas os mais conhecidos, para também apareceram no YouTube. Isso tudo é bom, quanto mais gente houver a tocar Santana melhor. Melhor para os Santana, melhor para nós.
CONSTANÇA SIMÕES:
Do you think that your cover band has helped turn people into Santana fans?
ANTÓNIO CARVALHO:
Yes, of course. There have been a lot of people that had never listened to Santana and now they do because of us. In Portugal there is a funny phenomenon, people had quit listening to Santana for a long time, but since our band appeared a lot of videos of people playing the most famous Santana songs on their guitars have appeared on YouTube. All of that is good, the more people who are playing Santana the better. It is better for Santana and better for us.
JOÃO TEODORO:
Muitas músicas dos Santana são instrumentais, tu gostas de tocar essas músicas?
ANTÓNIO CARVALHO:
Gosto. Existe muitas músicas o Europa, o Samba Pa Ti, o Soul Sacrifice são exemplos de músicas instrumentais. Eu também não conhecia bem os Santana, o que eu conhecia era o que toda a gente conhecia que são os temas mais conhecidos o Oye Como Va, Black Magic Woman e outras. Mas depois foi ver temas tipo Guajira que não é rock, é mais salsa, é um tema que está um quatro por quatro, mas depois passa para seis por oito, passa para salsa, entra a parte rítmica muito forte com congas e outros instrumentos de percussão e fica muito forte. Eu desconhecia isto dos Santana, desconhecia a Salsa, desconhecia uma série de coisas do Santana. Estar a escutar as coisas de Santana agarrou-me imenso. Sempre que tocamos Santana, adoramos! Sempre que acabamos os concertos ficamos sempre contentes, claro que nenhum de nós era fã de Santana, toda a gente conhecia Santana, mas não tocavam Santana, nem foi estudado profundamente, mas gostei e estou a adorar.
JOÃO TEODORO:
Many of Santana’s songs are instrumentals. Do you like to play these kinds of songs?
ANTÓNIO CARVALHO:
Yes, I do. There are a lot of songs like “Europa”, “Samba Pa Ti”, “Soul Sacrifice” which are examples of instrumental songs. I also didn’t know Santana’s music well and what I knew was what everyone knew which are the best known songs like “Oye Como Va”, “Black Magic Woman” and others. But then it was seen other songs like “Guajira” which isn’t rock, it’s more like salsa, which is a song that is 4 by 4, but later goes into a 6 by 8, goes into salsa, going into a rhythmic part that is really strong with congas and other percussion and gets really strong. I hadn’t known about that side of Santana, his salsa and other things about his music. It really grabbed me, all these lesser known things about Santana, that I have been listening to. Whenever we play Santana, we love it. Whenever we finish a concert, we are always happy. None of us were Santana fans before, but obviously we knew the music, but hadn’t played it or studied it deeply, but we like it now and are loving it.
CONSTANÇA PEREIRA:
Nós entrevistamos o Michael Shrieve, o aclamado baterista dos Santana. O vosso baterista já falou sobre ele no trabalho? Tu tens algumas opiniões sobre o trabalho dele (do Michael Shrieve)?
ANTÓNIO CARVALHO: Michael Shrieve é um grande baterista. Foi uma presença muito forte na banda dos Santana, passaram lá mais, até a Cindy, que é a esposa do Carlos Santana toca bateria, é muito boa baterista e faz também um excelente trabalho. Dennis Chambers para mim é um baterista completo e a nossa baterista é fã do Dennis Chambers.
CONSTANÇA PEREIRA:
We interviewed Michael Shrieve, the renowned drummer of Santana. Has your drummer talked about Michael Shrieve and his work? Do you have any opinions about Shrieve’s work?
ANTÓNIO CARVALHO:
Michael Shrieve is a great drummer. He had a strong presence in Santana. There have been other drummers who have come after Michael Shrieve including Cindy, who is Carlos Santana’s wife, and she is a good drummer and does excellent work. Dennis Chambers, for me, is a complete drummer, and our drummer is a fan of Dennis Chambers.
CONSTANÇA SIMÕES:
Carlos Santana é conhecido por ter opiniões políticas. Você gosta quando a música se torna política ou prefere que seja mais divertida?
ANTÓNIO CARVALHO:
O Carlos Santana tem lá o pensamento dele, ninguém pode contestar, alias num dos concertos por causa de ser homem e mulher, vocês provavelmente já ouviram falar fez algumas escolhas que não acho que seja boa para ela. As questões políticas cada um leva como quer. Mas como somos um tributo as questões políticas têm a ver com ele. Nós estamos aqui para fazer um tributo ao Santana. Nós não temos que ir atrás dessas coisas. Eu penso de maneira diferente e todos nós podemos, é a forma de ver o mundo, uma forma de ele o ver. Nós temos do lado dele na música ao resto é responsabilidade dele. Acho muito bem ele intervir publicamente.
CONSTANÇA SIMÕES:
Carlos Santana is known for having political opinions. Do you like it when music turns political or do you prefer that it stays on the lighter side?
ANTÓNIO CARVALHO:
Carlos Santana has his own way of thinking and no one can say anything about that. In fact, at one of his concerts he commented on gender issues… you probably already heard about it. He made some choices that I don’t think were good for him. With the political stuff, each one takes it the way they want to. But we are a tribute band and his political opinions are his own. We’re here to pay tribute to Santana. We don’t have to follow after his political thoughts. I think in a different way and everyone of us can and that’s his way of viewing the world. We are on his side musically, but the rest is up to him. I think it’s fine that he publicly takes part in the discussion.
MARIANA TEODORO:
Quantos CDs ou LPs do Santana você tem? Tem um CD ou LP favorito?
ANTÓNIO CARVALHO:
É assim… aquele que mais, digamos que mais me impressiona é Supernatural. Supernatural para mim é o lançamento mais forte. Caravanserai também, Abraxas que foi dos primeiros e o Moonflower foi um período muito cool deles. O Supernatural eu acho que é o álbum, para mim, que faz toda a diferença no mundo. Santana I, Santana III também foram bons, mas o Supernatural é o melhor e foi um álbum que ganhou um Grammy. Não estamos a falar de um guitarrista qualquer. Para quem diz que ele é, ele não é, ele ganhou dez Grammys. Guitarristas que dizem isso é uma falta de respeito, não sei como alguns guitarristas conseguem dizer isso. Temos que mostrar algum respeito.
MARIANA TEODORO:
How many Santana CDs or LPs do you have? Have you got a favorite?
ANTÓNIO CARVALHO:
It’s like this… the album that impresses me the most is Supernatural. It’s their strongest release. Also, Caravanserai… Abraxas was one of their first and Moonflower was a cool period for them. Supernatural is the album that makes all the difference in the world. Santana 1, Santana 3 also are good. It’s an album that won a Grammy Award. As a matter of fact, he has ten Grammys. We’re not talking about just any guitarist. Although some guitarists say that Santana is very simplistic or basic, because it’s just pentatonic scales. It’s not really like that. And when someone has won ten Grammy Awards, you have to respect that. I don’t know how those guitarists can think that way. I think that’s disrespectful. You have to show respect.
CONSTANÇA PEREIRA:
O que você mais gosta quanto atua ao vivo? Quanto contacto tem com os fans?
ANTÓNIO CARVALHO:
Ah sim, já vieram pedir algumas assinaturas, pediram algumas assinaturas, pediram-me uma palheta tipo um superstar… eu não sou nada dessas coisas, eu gosto quando eles aparecem é uma forma de mostrar que fizemos é o trabalho certo, percebes? Veem falar comigo e agradecer e aplaudir e dar elogios tudo isso é importante para a banda. Provavelmente existem pessoas que não gostam, também aparecem muitos guitarristas bons nos nossos concertos. Obviamente, quando me ouvirem tocar com certeza não seria o melhor guitarrista, mas isso temos pena é o que era.
CONSTANCA PEREIRA:
What do you like most when you play live? How much contact do you have with the fans?
ANTÓNIO CARVALHO:
Oh, yes! Some have come and asked for my autograph. Some ask me for a guitar pick like I am some kind of superstar. I’m not anything like that. I like when the fans show up because it shows we’re doing our jobs right. When they come and talk with me, applaud at the shows and complement our work. It’s all important to us. There are probably some people who don’t like the music. At our concerts, there are guitarists who show up and some are very good. Obviously when they hear me play… well, for sure I’m not the best of guitarists, but it’s a pity because it is what it is.
CONSTANÇA PEREIRA:
Nós escolhemos as nossas cinco músicas favoritas e os nosso LP favorito. Pode comentar as músicas e o LP?
CONSTANÇA PEREIRA:
"Black Magic Woman"
ANTÓNIO CARVALHO:
"Black Magic Woman" é uma música muito, muito boa. Tem dois movimentos: uma parte instrumental e uma parte cantada. Tem também uma parte de distorção e rítmica muito forte. Muito bem escolhido.
MARIANA TEODORO:
"Oye Como Va"
ANTÓNIO CARVALHO:
"Oye Como Va" é um clássico, é o tipo de música que faz o pessoal cantar, nessa música eles cantam conosco. É onde o publico mais participar.
YURI SUNDERMEYER:
"Incident at Neshabur"
ANTÓNIO CARVALHO:
Não faz parte do nosso alinhamento, mas brevemente estará lá. Tem um instrumental muito forte.
CONSTANÇA SIMÕES:
"Toussaint L’Overture"
ANTÓNIO CARVALHO:
No "Toussaint L’Overture" normalmente fosse umas misturas, especialmente com o "Soul Sacrifice" e outras, também tem um instrumental bastante intenso.
JOÃO TEODORO:
O álbum Caravanaserai
ANTÓNIO CARVALHO:
Caravanaserai é um clássico um penso que seja de 1972, que é ainda com a formação original dos primeiros músicos. Caravanaserai é um grande álbum.
CONSTANÇA PEREIRA:
We picked our five favorite songs and our favorite album by Santana. Could you comment on the songs and LP we selected?
ANTÓNIO CARVALHO
For sure, let’s do it.
CONSTANÇA PEREIRA: "Black Magic Woman"
ANTÓNIO CARVALHO: "Black Magic Woman" is really, really good. It has two parts; an instrumental part and a part with vocals. There is also a part with distortion and a strong rhythm. It’s a nice choice.
MARIANA TEODORO: "Oye Como Va"
ANTÓNIO CARVALHO: "Oye Como Va" is a classic and is one of the songs that people sing along with us on and really take part in the song. Good pick!
YURI SUNDERMEYER:
"Incident at Neshabur"
ANTÓNIO CARVALHO:
It’s not part of our playlist, but it’ll soon be there. The instrumentals on it are particularly strong.
CONSTANÇA SIMÕES:
"Toussaint L’Overture"
ANTÓNIO CARVALHO:
"Toussaint L’Overture"... we usually mix it in with such songs as "Soul Sacrifice" among others, but it is a very intense instrumental piece.
JOÃO TEODORO:
The album Caravanaserai.
ANTÓNIO CARVALHO:
Caravanaserai is a classic. I think it’s from 1972, which is when all the original artists were still with Santana. Caravanaserai is a great album.