Michael Shrieve Interview
Coffee Time News proudly presents our in-depth interview with the incredible Michael Shrieve. Mr. Shrieve was so generous with his time that this interview will be in two parts. What you have before you is the first part which will only be available on our website. The second part will come out in print at the end of October 2023. Constança Pereira, Maria Calado, Javier Rodriguez and Yuri Sundermeyer asked numerous questions about all aspects of Mr. Shrieve’s life and career and he answered openly providing insights which all our readers who are music fans will love. In this part, you will learn about Mr. Shrieve’s favorite songs, concerts and bandmates, along with a comprehensive answer about the talented Shawn Smith, who Mr. Shrieve had the fortune to know personally and created music with. Mr. Shrieve also details his own projects and future plans. Throughout the interview we have included photos and music samples for your pleasure. Mr. Shrieve touched the young hearts of our student-journalists who have become fans of a musician whose work deserves our full attention. Thank you Mr. Shrieve for all your time and kindness and thank you to the Coffee Time News readers who will enjoy and share this interview.
Coffee Time News apresenta com muito orgulho a nossa entrevista aprofundada com o incrível Michael Shrieve. Sr. Shrieve foi tão generoso com o seu tempo que esta entrevista terá duas partes. O que tem à sua frente é a primeira parte que só estará disponível no nosso website. A segunda parte será lançada no fim de Outubro. Constança Pereira, Maria Calado, Javier Rodriguez and Yuri Sundermeyer colocaram várias questões sobre todos os aspectos da vida e da carreira do Sr. Shrieve e ele respondeu-as de forma aberta, acrescentando observações que todos os nossos leitores que são fãs de música vão adorar. Nesta parte, saberá sobre as músicas, concertos e companheiros de banda favoritos do Sr. Shrieve, juntamente com uma resposta compreensiva sobre o talentoso Shawn Smith, cujo Sr. Shrieve teve a sorte de conhecer pessoalmente, e com quem criou música. Sr. Shrieve também fala em detalhe sobre os seus projetos e planos futuros. Ao longo desta entrevista, irá encontrar as fotografias e amostras de música que nós incluímos para seu prazer. Sr. Shrieve tocou nos corações dos nossos estudantes-jornalistas que se tornaram fãs deste músico, cujo trabalho merece a nossa atenção total. Obrigado Senhor Shrieve pelo seu tempo e bondade, e obrigado ao leitores do Coffee Time News que irão gostar e partilhar esta entrevista.
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1. Javier Rodriguez: How has your view of music changed as you have aged?
Michael Shrieve: Well, it’s interesting, I think about this often, because one of the great joys of growing up with music is finding new music, you know? So, I always would love that and I still love that now… I still love finding new music whereas a lot of people my age… they don’t look for new music and it must be the same for you guys, because when you’re growing up now, you’re going to think this is the best music of my life and you’ll remember it because you’ll remember the good times and stuff like that. For a lot of people, as they grow older that’s the music of their life, you know? People who grew up in the 80s had all the 80s bands and one-hit wonders and everything … Duran Duran and bands like that. That’s their music forever. I see these bands touring now, like The Cure and Duran Duran. These are all bands that used to be for young people, but the people that go there still love them just as much, but they’re older. So, anyway I feel that in some way I’m always looking for new music. I’m always creating new music. I don’t go off of what other people expect of me. I learned that a long time ago, when everybody would just ask about Woodstock. Nobody would ask me about anything else I ever did in my life. So, I got used to this and at some point I just had to make my mind up and say, “Be grateful that they like something and just go ahead and do what you want to do musically.”
1. Javier Rodriguez: Como tem sido a sua visão nas mudanças de música à medida que foi envelhecendo?
Michael Shrieve: Bem, é interessante, eu penso em relação a isso com frequência, porque um dos maiores prazeres de crescer com a música é encontrar música nova, compreendes? Então, eu sempre adorei e ainda adoro isto agora… eu ainda adoro encontrar música nova enquanto pessoas da minha idade não o fazem … eles não procuram música nova e isso deve ser igual para vocês, porque quando tu estás a crescer agora, tu vais pensar que essa música que estás a ouvir agora será sempre o melhor de todos e vais sentir saudades ao ouvir essa música, porque vais recordar os bons momentos e coisas do género. Para a maioria das pessoas, enquanto elas envelhecem é a música de vida delas, compreendes? Pessoas que crescerem nos anos 80 têm gosto por grupos de essa época, one-hit wonders e tudo … Duran Duran e grupos assim. Essa será a música deles para sempre. Vejo estes grupos em tour agora, como The Cure e Duran Duran. Estes eram grupos de gente jovem, mas essas pessoas continuam a ama-los da mesma maneira do que antes, mas eles são mais velhos. Então, de qualquer maneira eu sinto que de alguma forma, eu sempre estou à procura de música nova. Sempre estou a criar música nova. E não me importo pelo o que outras pessoas esperam de mim. Eu aprendi isso há muito tempo, quando toda a gente só me perguntavam sobre Woodstock. Ninguém perguntou de alguma coisa diferente que eu fiz na minha vida. Então, eu acostumei-me a isso até ao ponto onde simplesmente pensei e disse, “Ser grato com o que as pessoas gostam e só ir para frente e fazer o que tu queres fazer musicalmente.”
2. Maria Calado: As a fan, what was the best show you ever saw and which musician do you respect the most from the perspective of being a music fan?
Michael Shrieve: Well, I’ll never forget a concert by the Mahavishnu Orchestra, which is an instrumental group based off a guitar player named John McLaughlin, because they also had a drummer named Billy Cobham and they were the sort of group technically that all the musicians in the place… this was in Winterland in San Francisco in the 70s, and all the musicians jaws dropped to the floor because it was so astounding musically, you know? So, then of course Miles Davis… I’ve always been a big fan of him and his drummer at the time, Tony Williams, so whenever I could see Tony Williams, that would be very exciting for me too. There’s nothing like those musicians. That was a very good time for jazz as well as rock music and Miles Davis was a good one, because he wanted to be a part of that scene, so he changed his music, which a lot of jazz people were really upset about it … they told him he sold out, but he didn’t, he was just moving his music in a different direction. Maria, what instrument do you play?
Maria Calado: I play the flute.
Michael Shrieve: I’m doing a record with a guy who plays the flute and saxophone right now. And I’m using a percussionist that I found on Instagram and he lives in Germany and so it’s really interesting that you can find these different musicians … and I’ve never met them, but he posts percussion that he plays every day and it’s just beautiful stuff, so I’ve had him on. I’m working on two records now and they’re both very important to me, so I’m putting a bunch of percussion on them as well.
2. Maria Calado: Como um fã, qual foi o melhor concerto ao vivo que assistiu e que músico mais respeita na perspetiva de um fã?
Michael Shrieve: Bem, eu nunca me vou esquecer do concerto de Mahavishnu Orchestra, que é um grupo de instrumentos baseado no guitarrista chamado John McLaughlin, porque eles também tinham um baterista chamado Billy Cobham e eles foram tecnicamente o tipo de banda que deixaram todos os outros músicos no local de queixo caído, porque foi musicalmente maravilhoso, percebes? Também, claro Miles Davis… eu sempre fui um grande adepto dele e o seu baterista naquela altura, então quando eu podia ir assistir ao Tony Williams era entusiasmante para mim também, não existem músicos iguais a estes. Aquela foi uma boa época para a música jazz e também rock. Miles Davis foi um bom músico, porque ele queria fazer parte daquilo, então ele mudou a sua música que muitas pessoas do jazz ficaram realmente chateadas. Chamaram-no sellout, mas ele não o era, ele apenas quis mudar o seu estilo de música para outro caminho. Maria, que instrumento tocas?
Maria Calado: Toco flauta transversal.
Michael Shrieve: Estou a fazer um disco com um senhor que toca flauta e saxofone. E estou a colaborar com um percussionista que descobri no Instagram e ele vive na Alemanha, isto é super interessante, tu consegues encontrar diferentes tipos de música … eu nunca o conheci pessoalmente, mas ele publica a percussão que toca todos os dias e isso é bonito, então eu contratei-o. Estou a trabalhar em discos neste momento e eles são os dois super importantes para mim, então eu coloquei-o na percussão.
3. Constança Pereira: What was the easiest song you ever composed?
Michael Shrieve: Well, there’s a song that we did in a group called Abraxas Pool. It’s called Boom Ba Ya Ya. It’s not a simple song, but the whole idea came to me really quickly. Boom Ba Ya Ya. It’s the title of it. Abraxas Pool is most of the original Santana guys, but not Carlos and I just had this vision of a big, heavy drum song and heavy guitar. If you don’t have that one, you should check it out, because I envisioned a group of people being on a beach and they were visited by a group of angels that came down from the sky and so the song builds up and the angels say, “we’re going to give you words of wisdom that you’ll always need in your life,” and so what they say is Boom Ba Ya Ya, which doesn’t mean anything, but it sounds really good. That just came to me… I pictured them being greeted by angels almost like Moses and the Ten Commandments.
3. Constança Pereira: Qual foi a música mais fácil que você já compôs?
Michael Shrieve: Bem, há uma música que nós fizemos num grupo chamado Abraxas Pool. É chamada de Boom Ba Ya Ya. Não é uma música simples, mas a ideia toda veio até mim muito rápidamente. Boom Ba Ya Ya é o titulo disso. Abraxas Pool é a maioria dos membros originais de Santana, mas sem Carlos. Eu simplesmente tinha esta visão de uma canção com bateria pesada e guitarra forte. Se você não ouviu, você deveria ouvir. Eu imaginei um grupo de pessoas numa praia e eles estavam a ser visitados por um grupo de anjos que desciam do céu e então a canção quando aumenta os anjos falam, “Nós vamos dar-te palavras de sabedoria que vocês vão precisar sempre nas vossas vidas,” e então o que eles dizem é “Boom Ba Ya Ya”, que não quer dizer nada, mas soa bem. Isso simplesmente ocorreu-me… eu imaginei-os sendo cumprimentados pelo anjos. Parecia tipo Moisés e os Dez Mandamentos.
4. Constança Pereira: During your career, who have you viewed as your best friend?
Michael Shrieve: Probably Carlos Santana. We were very close during all those Santana years. We both loved listening to tons of music… a lot of music. When we were on the road people would come to the hotel or backstage looking for the party… come in asking, “Where’s the party?” And we’d always just be listening to music. If they were hanging out with us, they’d get bored and go to where there was more action. Carlos and I shared so much music together, so I think in many ways he’s probably the guy.
4. Constança Pereira: Durante a sua carreira, quem foi o seu melhor amigo?
Michael Shrieve: Provavelmente Carlos Santana. Fomos muito próximos durante a sua época de successo. Nós adoravamos ouvir toneladas de músicas. Quando estávamos em tour, as pessoas vinham ao hotel ou aos bastidores à procura da festa… “Onde é a festa?” E nós estavamos apenas a ouvir música. Se eles estivessem connosco, ficariam aborrecidos e iriam para onde houvesse mais ação. Eu e o Carlos compartilhámos muitas musicas, então acho que, de muitas maneiras, provavelmente ele é essa pessoa.
5. Yuri Sundermeyer: We have been listening to your instrumental music. We like it. For us, it is chill music. Are you okay with us calling it that?
Michael Shrieve: I love chill music. Let’s see. I think depending on what you’re listening to… I mean Spellbinder… there’s some pieces that are pretty upbeat. There are a lot of pretty pieces on there too. I’m a big fan of pretty music. You’re talking about Trilon. Is that the other record you’re talking about. The black and white one. Well, there’s some chill music on it. I don’t mind chill music. I have a record coming out called Drums of Compassion and the whole idea of it was to be chill music made by a drummer. What music would I like to listen to at two o’clock in the morning? And it’s a drum record and so I’m big into chill and meditating and all that kind of stuff.
5. Yuri Sundermeyer: Nós estivemos a ouvir a sua música instrumental. Gostámos. Para nós, é uma música relaxante. Você concorda se chamarmos à sua música “chill music”?
Michael Shrieve: Eu adoro musica relaxante. O que eu penso depende do que você andar a ouvir. Quero dizer Spellbinder… há muitas peças bonitas também lá. Eu sou um grande fã de música bonita. Está a falar sobre Trilon. Esse é o outro disco de que está a falar. O preto e branco. Bem, há alguma música relaxante nele. Eu estou bem com música chill. Eu tenho um disco a sair chamado Drums of Compassion e toda a ideia dele era ser música chill feita por um baterista. Que música eu gostaria de ouvir às 2 da manhã? É um disco de bateria então gosto muito de relaxar, meditar sobre tudo isto.
6. Javier Rodriguez: We have listened to some music by Shawn Smith and you performed with him. We learned Mr. Smith passed away. What are your memories of him?
Michael Shrieve: Oh, Shawn was one of my best friends. He was a big guy. Big guy… long hair, but the sweetest guy and he used to stay at my house all the time. He’d just come and sleep on the couch. It’s odd, because the music that he wrote was so soulful and he sang so soulful, like an R&B guy or something, right? But he was a huge Kiss fan when he grew up. Do you know the band Kiss? One of the guys in Kiss was coming to play in Seattle, here where I live, and I had told Shawn that if these guys ever came through town, I’d introduce you because when I was living in New York, I got to know a couple of the guys in Kiss and so I took him to the concert and afterwards I introduced him to Paul Stanley, the singer in Kiss and he was really thrilled by that. He’s the sweetest guy … just the sweetest man and if somebody has to pass away, it seems just perfectly appropriate that he died in his sleep, you know? Because he was such a peaceful guy too. I have a son in his early twenties like you and he grew up on hip-hop and rappers, but then he got into classic rock for the 70s and he got into Pink Floyd big time and so the drummer in Pink Floyd was coming to play in Seattle with his band and I brought him down. I was able to go backstage. It helps being a bit famous, because you can get backstage and stuff like that and I had never met the drummer of Pink Floyd before, but he was a really nice guy and so we were hanging out backstage and my son and I are on the street getting an Uber and I asked, “How’d you enjoy that?” He said, “Yeah, he’s a really nice guy that drummer.” And I asked, “How’d you like meeting Eddie Vedder?” My son didn’t realize Eddie Vedder was backstage and he got great shots with Eddie Vedder and stuff like that, but yeah, I know those guys Matt Cameron who’s the drummer in Pearl Jam and Soundgarden and he’s a good friend. Seattle is a small town and after a while you see these people. Duff McKagan… all these bands: Soundgarden, Pearl Jam and Alice In Chains. Sky Cries Mary is a Seattle band and I knew the keyboard player. They were an interesting band. They never really broke through, but they were really interesting. There’s a lot of bands around that time. I moved here just when that stuff was happening. I hitchhiked to Monterey Pop Festival. I played at Woodstock. I played at Altamont. I lived in New York in the 80s. That’s when hip-hop was growing fast and then I came to Seattle when grunge was starting.
6. Javier Rodriguez: Nós ja escutámos alguma musica do Shawn Smith e tu tocavas com ele. Nós sabemos que o Shawn Smith faleceu. Quais são as suas memorias de Shawn Smith?
Michael Shrieve: Oh, Shawn era um dos meus melhores amigos. Ele foi um grande homem. Um grande homem… cabelo comprido, mas era o homem mais doce e costumava ficar sempre na minha casa. Ele costumava dormir no sofá. É estranho, porque a música que ele escreveu era muito sentimental, ele cantava de uma forma sentimental como um cantor de R&B, mas era um grande adepto do Kiss. Tu conheces a banda Kiss? Um membro do Kiss veio tocar aqui onde eu vivo. Eu tinha dito ao Shawn que se estes homens do Kiss passasem na nossa cidade eu ia apresentar o Shawn porque quando eu estive em Nova Iorque eu conseguia conhecer alguns membros do Kiss, e então eu levei-o ao concerto e depois apresentei-o ao Paul Stanley, que é o cantor do Kiss e ele estava muito feliz com isso. Ele era a pessoa mais simpática… o homem mais simpático, e se ele teve de morrer, parece-me perfeitamente apropriado que ele tenha morrido durante o sono, entendes? Ele era também uma pessoa pacifica. Eu tenho um filho que está nos seus vinte e tal anos, como tu, e ele cresceu com o hip hop e os rappers, mas depois começou a gostar de rock clássico dos anos 70 e começou a ouvir Pink Floyd durante muito tempo, e então o baterista dos Pink Floyd vinha tocar em Seattle com a sua banda e eu levei-o para ver. Eu estava capaz de ir para os bastidores. Ajuda sermos um pouco famosos, porque conseguir ir aos bastidores e coisas do género e eu nunca tinha conhecido o baterista dos Pink Floyd antes, mas ele era mesmo uma boa pessoa, e então nós estávamos juntos nos bastidores e eu e o meu filho estamos na rua a pedir um Uber e eu perguntei, “O que achaste disto?” e ele respondeu, “Sim, aquele baterista é mesmo boa pessoa,” e eu pergunto-lhe, “O que achaste do Eddie Vedder?” O meu filho não percebeu que o Eddie Vedder era o Eddie Vedder que estava nos bastidores com ele, e divertiu-se com ele na mesma, mas sim, eu conheço esses tipos como Matt Cameron que é o baterista nos Pearl Jam e Soundgarden e ele é um bom amigo. Seattle é uma cidade pequena e depois de um tempo vês estas pessoas. Duff McKagan… todas estas bandas: Soundgarden, Pearl Jam e Alice in Chains. Sky Cries Mary é uma banda de Seattle e eu conhecia o baixista. Eles eram uma banda interessante. Eles realmente romperam, mas eram muito interessantes. Há muitas bandas dessa altura. Eu mudei-me para cá na altura em que essas coisas estavam a acontecer. Eu pedi boleia para o Monterey Pop Festival. Eu toquei em Woodstock. Toquei em Altamont. Eu vivi em Nova Iorque nos anos 80. Foi quando o hip hop estava a crescer rápido e depois vim para Seattle quando o Grunge começou
7. Javier Rodriguez: How close were you to Jimi Hendrix when he performed at Woodstock? Do you have any memories you would like to share about that?
Michael Shrieve: No, I wasn’t there for Jimi Hendrix’s thing. He was like at six in the morning or something. I mean, what he did was incredible, but the time he played, it was as if everybody was on the floor sleeping, you know? So, everybody was exhausted, we played in the afternoon of the day before and Hendrix was the last one because his manager insisted that he be the headliner which meant he played at the worst time to play. I’ve never met Jimi Hendrix. I never met him. All the other guys in the band met him. One of his producers said that he wanted to be in a band with me… I heard. He actually wanted to join Santana at some point. He liked the band and I remember he got a congas player for Woodstock, but I never met Hendrix. I’ve really met most of my other people that I really admire, but I never met Jimi Hendrix.
7. Javier Rodriguez: Quam perto estavas do Jimi Hendrix quando ele foi ao palco? Tens alguma lembrança que gostarias de partilhar connosco?
Michael Shrieve: Não, eu não estava lá pelo Jimi Hendrix. A sua atuação foi por volta das 6 da manhã. O que ele fez foi incrível, mas as horas em que ele tocou, era como se toda a gente estivesse no chão a dormir. Então, toda a gente estava cansada. Nós tocámos na tarde do dia anterior e o Hendrix foi o último porque o seu manager insistiu que fosse artista principal o que significa que ele participou no pior horario possível. Eu nunca conheci o Jimi Hendrix. Eu nunca o conheci, mas o resto dos membros da banda, sim. Um dos seus produtores disse que ele o queria na banda comigo… eu ouvi. De facto ele queria se juntar com Santana em algum ponto. Ele gostava da banda e eu recordo-me que ele recrutou um percussionista para Woodstock, mas nunca conheci Hendrix. Na verdade, eu conheci muitas outras pessoas que eu realmente admiro, mas nunca conheci o Jimi Hendrix.
8. Maria Calado: Were there any musicians who mentored you and have you ever mentored anyone who became famous?
Michael Shrieve: I was mentored by some wonderful musicians and drummers. I feel like I was very fortunate on that end. People were always willing to help me out. I think it’s because they saw how enthusiastic I was about learning and music and how I was respectful to those people and I also looked younger that I was. I looked fifteen years old when I was nineteen or twenty. Yes, I’ve also mentored people. One drummer I taught now plays with and does Taylor Swift recordings. There are several other people too who have gone on to do well, but they’re not household names.
8. Maria Calado: Houve algum músico que te orientou e já orientas-te alguém que se tornou famoso?
Michael Shrieve: Fui orientado por alguns músicos e bateristas maravilhosos. Sinto que tive muita sorte nesse sentido. As pessoas estavam sempre dispostas a ajudar. Acho que é porque eles viram que eu estava entusiasmado com o aprendizado e a música e como tinha respeito com essas pessoas e também parecia mais jovem do que eu era. Parecia que tinha 15 quando tinha 19 ou 20. Sim, eu também orientei pessoas. Um baterista que ensinei agora toca e faz gravações de Taylor Swift. Há varias pessoas que se saíram bem, mas não são conhecidos.
9. Constança Pereira: Is there anything we missed? Anything you would like to mention concerning yourself or your music before we end?
Michael Shrieve: I am constantly putting out music on Bandcamp, because a lot of what I put out on Bandcamp are my solo albums and I’m going through a whole wall of old cassettes and CDs. Those gold records you see are of me playing on Rolling Stones records. You can see that one is of Mick Jagger’s solo album, She’s The Boss, which I played on a track and it had Jeff Beck, Pete Townsend, Herbie Hancock and myself and Mick. These others are Emotional Rescue and Tattoo You. I just played some percussion, because I happened to be there. I’m always putting music out there. Music that’s never been put out before, like stuff that I did live many years ago and I never thought it was good enough to put out, but now I’m like, I’m going to put it out… it sounds really good. As I get older, I don’t hold on so tight. It doesn’t have to be so precious. It doesn’t have to be perfect. Bandcamp is the place. I don’t have Santana there, but I have everything else there. Also, Transfer Station Blue will be rereleased with new artwork and some new music and photos and stuff like that, so we’re working on that now. And I’ve got newer stuff coming up.
9. Constança Pereira: Há alguma coisa que nos esquecemos? Há alguma coisa que gostarias de mencionar sobre ti ou sobre a tua música antes de terminamos?
Michael Shrieve: Eu estou constantemente a por musica no Bandcamp, porque a maior parte do que eu ponho no Bandcamp são os meus próprios discos a solo e eu estou a rever uma parede toda cheia de cassetes velhas e CDs. Estes discos de ouro que vês são da época que eu toque-no discos do Rolling Stones. Tu podes ver que este é do disco de Mick Jagger chamado She’s The Boss, na qual eu toquei numa musica e a musica tinha Jeff Beck, Pete Townsend, Herbie Hancock e eu mesmo e Mick. Estes outros discos são Emotional Rescue e Tattoo You. Eu só toquei percussão, porque por acaso eu estava lá. Eu estou sempre a lançar música para o publico. Música que nunca foi lançada antes, como música que eu toquei ao vivo há muitos anos atrás e eu nunca pensei que eram boas o suficiente para lançar, mas agora eu estou tipo, eu vou lançar … esta soa muito bem. Enquanto eu envelheço, não me agarro tanto às coisas. Não tem que ser precioso. Não tem que ser perfeito. Bandcamp é o sitio. Eu não tenho o Santana lá, mas eu tenho todas as outras coisas lá. Também, o disco Transfer Station Blue vai ser relançado com uma nova capa e algumas novas musicas e fotos e coisas assim, então nós estamos a trabalhar para isso. E iremos ter coisas novas por vir.